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POR QUE O TURNOVER ATRAPALHA AS EMPRESAS?
Antes de discorrer sobre o motivo pelo qual o turnover é prejudicial para o seu negócio, é muito interessante conceitua-lo de forma clara e objetiva. O Turnover também é conhecido como rotatividade de colaboradores, ou seja, o percentual de contratados que são demitidos ou se demitem da empresa e são substituídos por outros em um período de um ano ou menos. Esse percentual de rotatividade serve como métrica para mensurar se a rotatividade na empresa está elevada ou se é considerada normal. E o dado que faz o contraponto para chegar nesse resultado é a quantidade de colaboradores registrados na empresa, embora, claro, o ideal é que seja possível reter o maior número de colaboradores pelo maior tempo, sobretudo porque é mais barato reter um colaborador do que substituí-lo. Mas afinal de contas, por que é tão prejudicial o alto índice de turnover em uma empresa? São três os principais fatores: o primeiro deles é que a alta rotatividade de colaboradores gera uma instabilidade no restante da equipe, ocasionando, também, desconfiança, insegurança e um péssimo clima organizacional; o que leva ao segundo fator que é a redução da produtividade. E uma equipe instável e com baixa produtividade apresenta um cenário de crise e preocupação, provocando o último fator, a perda significativa de recursos financeiros, ocasionado pela baixa produtividade e pelos processos seletivos equivocados, o que apresenta um gasto invisível, porém, bastante significativo para a empresa. Contudo, baixar o índice de turnover é a principal providência para formar uma equipe de alto rendimento e para fazer com que a empresa volte a crescer. Mas para isso, o ponto primordial é entender o motivo do turnover elevado, para tomar as medidas cabíveis a partir dessa descoberta. Formar uma equipe engajada e com o fit cultural do seu negócio não é simples, mas pode fazer sua empresa conter a perda de dinheiro e aumentar sua lucratividade, e eu posso te ajudar com essa missão. Conte comigo!
A IMPORTÂNCIA DE SABER CONTRATAR E DEMITIR
Contratar e demitir colaboradores faz parte das atribuições de toda empresa, figurando entre as atribuições mais importantes. Mas executar esses processos de forma inteligente e eficaz apresenta três principais benefícios para o seu negócio, sendo eles: a eliminação de gastos desnecessários, uma vez que uma contratação equivocada gera custos para a empresa e não gera produtividade, sobretudo durante o período de experiência; um clima organizacional favorável, o que é fundamental para manter a equipe engajada e produtiva; a diminuição do absenteísmo, e consequentemente o turnover, e tudo isso é importante para a empresa manter a sua credibilidade perante seus clientes e seus parceiros comerciais. Por isso, vou contribuir com uma valiosa orientação para os seus futuros processos de seleção e/ou demissão: contrate com muita calma e demita rápido quando precisar. Usualmente ocorre o inverso, ou seja, se um profissional indispensável pede demissão e essa vaga necessita de reposição o mais rápido possível, a ansiedade pela busca por esse substituto pode ocasionar uma demanda de foco maior na necessidade da urgência e diminuir o foco em fatores de extrema relevância para a sua escolha, como por exemplo, perfil adequado ao cargo. Isso explica bem o fato de haver um turnover muito elevado em algumas empresas. Tenha sempre em mente que para o recrutamento e seleção, o tempo é sempre um fortíssimo aliado. Agora, se você necessita fazer uma demissão, esta sim é uma tarefa que requer extrema rapidez e urgência, pois, se um colaborador não está evoluindo, se está aquém de suas expectativas ou se é aquela fruta podre que vai contaminando as outras, você vai mantê-lo no seu quadro para quê? Às vezes existe uma ilusão de que o colaborador vai melhorar com o tempo, mas se já houveram conversas, treinamentos, e todas as chances foram oferecidas para performar de modo satisfatório e mesmo assim não houve resposta positiva, é porque esse colaborador não possui fit cultural com a empresa. Portanto, não se engane e pense com mais carinho no seu negócio, contrate com muita calma, mas demita com rapidez quando o cenário assim exigir. Dessa forma você evitará processos seletivos equivocados e aumentará significativamente as chances de formar uma equipe de altíssima performance na sua empresa, diminuindo, sobretudo, o absenteísmo e consequente o turnover, que se apresenta como o grande vilão das empresas de sucesso.
A RELAÇÃO DO LIDER COM O CLIENTE INTERNO
Certa vez, estava em um evento corporativo, e no momento destinado ao networking, enquanto degustava um saboroso pão de queijo, sem querer, ouvia a conversa de dois senhores. Um deles, ao mesmo tempo em que dizia estar complicado contratar o que chamou de ‘empregado bom’, dizia também que os mesmos deveriam ser tratados na linha dura para render alguma coisa. Nesse instante, estava em uma profunda reflexão sobre a quantidade de empreendedores com conhecimento zero em liderança, uma vez que se trata de uma grande contradição corporativa querer bons colaboradores e os tratar mal para obter boa produtividade. E refleti, também, sobre o quanto, nós, consultores e palestrantes podemos contribuir nesse cenário; quando fui interrompida por uma simpática empresária que solicitava o meu cartão. Mas afinal, o que é cliente interno? Cliente interno é como chamamos todos os seus colaboradores, e eles têm na sua empresa a mesma importância que o cliente externo, ou seja, aquele que é o responsável pela lucratividade do seu negócio através das suas compras. A diferença é que o cliente interno faz a sua empresa acontecer, é ele quem está na linha de frente e que, inclusive, é o responsável pelo atendimento dos clientes que trarão receita para o seu estabelecimento. E sabendo disso, o nível de importância de ambos para você precisa ser exatamente o mesmo, mas vou além e afirmo que o seu cliente interno deve ser tratado de maneira especial, e até melhor do que o cliente externo, sabe por quê? Porque se é o seu colaborador for mal tratado por você, ele vai tratar o seu cliente da mesma maneira, e quanto maior for o seu estabelecimento, em número de lojas ou em número de colaboradores, você não consegue ter controle sobre o atendimento prestado e nem sobre o prejuízo causado pelo mal atendimento. Contudo, se eu posso deixar aqui um grande conselho nesse sentido, digo o seguinte: é muito importante que você saiba quase tudo sobre o mercado em que atua ou pretende atuar, que aprenda fluxo de caixa, e que tenha alguma noção de marketing, mas se vai trabalhar com colaboradores, é expressamente recomendável que entenda muito sobre Gestão de Pessoas e Liderança, ou que, no mínimo, tenha alguém para orientá-lo com essa questão. É como diz um velho ditado: sua empresa pode ter equipamentos milionários, as mais altas tecnologias e até ser uma marca valiosa no mercado, mas nada disso vale mais do que os colaboradores que nela trabalham. E se você deseja ter os melhores colaboradores trabalhando em sua empresa, faça dela o melhor ambiente de trabalho na sua cidade, dessa forma você atrairá os melhores profissionais.
O CIRCO E A SUA CULTURA ORGANIZACIONAL
Eu era adolescente quando chegou um circo pequeno em minha cidade natal. Como todo circo, haviam palhaços que ficavam vendendo produtos na entrada e os artistas, e ao final da apresentação dos trapezistas, um deles errou o tempo e caiu na cama elástica bem no momento em que uma moça do elenco estava descendo, e ela caiu violentamente no chão, ficando desacordada. Passado o susto e ao final do espetáculo, encontramos um dos palhaços que vendiam os produtos e comentamos o que havia acontecido e ele não demonstrou nenhuma compaixão pela colega de trabalho, disse que eles eram maltratados, que faziam suas refeições separados dos artistas, de forma precária, e que nem mesmo água gelada eles tinham disponível para beber. Quando trago esse episódio para o universo corporativo, percebo que ele é mais comum do que se imagina e que ainda podemos observar que essa cultura equivocada de que as pessoas precisam ser divididas por cargos apenas reforça uma perda considerável de produtividade, que consequentemente reflete em perdas financeiras. Contudo, se o líder trata a equipe com diferença, é provável que essa cultura se multiplique em todos os níveis hierárquicos, causando competições desnecessárias e até um clima organizacional ruim. Esse fator reflete diretamente em baixa retenção de talentos, que é o que toda empresa busca e o que garante o seu sucesso.